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A Justiça foi justa, mas não foi humana

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A Justiça foi justa, mas não foi humana definitivamente!

Era uma vez, num reino muito distante, um casal jovem, aventureiro, que resolveu abrir uma espécie de tecelagem juntamente com uma senhora, mãe da esposa, para se aventurarem no mundo dos negócios.

Tudo começou de uma forma bem primária, bem familiar, e aos poucos foi crescendo com muito suor, horas e horas extras, e consequentemente houve a necessidade da empresa contratar operárias.

Entre uma operária e outra, chegou uma delas e perguntou se os donos poderiam dar uma “ajuda” a uma senhora aposentada, que estava em casa já há mais de 5 anos sem conseguir emprego, e que ela aceitaria fazer todo tipo de serviço, tais como: limpeza, café, arrumações.

O Jovem casal, por inocência chamou essa senhora para entrevistar e disse para ela que no momento não teriam condições de registrar a “humilde senhora” por conta dos encargos e pela falta de experiência dela em não saber costurar na tecelagem, não saber ler e escrever etc, sempre falando com muito cuidado e empatia para não magoar àquela senhora. A jovem senhora falou que não “poderia” ser registrada pois já era aposentada, e que preferia então receber o salário livre de IMPOSTOS e estava tudo certo.

Depois de longos anos

Alguns anos depois veio uma pandemia no Reino muito distante e as pessoas não puderam mais sair de suas casas. A tecelagem passou por muita dificuldade e desligou àquela senhora humilde, aposentada, e deu-lhe 2 meses de salário e pagou o 13 salário daquele ano mesmo estando ainda no primeiro trimestre do ano ( pagou 9/12 avos a mais).

Pouco tempo depois de passar a pandemia no Reino distante, a Senhora foi até a tecelagem requerendo todos os direitos trabalhistas dela, e o casal de donos (agora não mais tão jovens) explicou-lhe que ela mesma havia dito que era APOSENTADA, e que pediu para não ser registrada.

A senhora ficou muito brava e falou que queria todos os direitos. Então o dono explicou que estavam vindo de uma pandemia e que estavam sem condições de pagar os Direitos que ela nem teria direito uma vez que ela alegava ser aposentada, masos donos fizeram uma Proposta para ela de lhe pagar 8 mil denários (dinheiro da época) em 24 parcelas.

A humilde senhora entrando na justiça contra a empesa

A senhora pareceu aceitar, saiu chateada mas menos nervosa e a empresa pagou as 2 primeiras parcelas, até que foi surpreendida com uma INTIMAÇÃO TRABALHISTA da época, onde a senhora humilde, que estava sem trabalhar há mais de 5 anos antes de ser chamada para a tecelagem , estava requerendo acima de 80 mil denários (dinheiro vigente na época do Reino distante).

A humilde senhora exigia muitas coisas. A senhora ainda dizia que trabalhava com produtos de higiene muito perigosos, e com isso a Justiça mandou um técnico periciar essa informação e o técnico ficou indignado com tamanha desfaçatez, dizendo que àqueles produtos eram produtos que qualquer pessoa utilizada em casa para limpeza. Com isso, a senhora perdeu mais de 10 mil denários que exigia na justiça por INSALUBRIDADE; além de perder várias outras coisas que alegou absurdamente.

A Dona da tecelagem ficou muito magoada, chorou a tarde e a noite toda segundo relatos na época , ficou arrasada mas depois descobriu que teria que contratar um Defensor (espécie de advogado nos dias de hoje). O defensor descobriu que a “humilde senhora” não era aposentada, e sim beneficiária do governo pela morte do marido que cortava mato etc. Marido este que a jovem senhora o chamada de tudo quanto era nome ruim.

Portanto, àquela humilde senhora de anos atrás mostrou que o que sustentou por 8 anos não era verdade. Ela nunca foi aposentada, mas o jovem casal na época não fez as contas da idade da senhora + anos de trabalho em carteira para ver se era aposentada ou não.

E por ser parente de uma das operárias da tecelagem, o jovem casal confiou tanto que sequer pediu a carteira profissional e avisou o Oficial que cuidada de contas das empresas antigamente( hoje em dia chamam de Contador/ Contabilidade).

A justiça pediu testemunhas para comprovar as coisas que a senhora alegava contra a empresa, e àquela senhora começou a ligar para várias pessoas tentando achar testemunhas, e 2 dessas pessoas alertou aos donos da Tecelagem que ela iria à Justiça contra a empresa.

Porém, uma senhora aceitou ser sua testemunha contra a tecelagem. Essa senhora era viúva de 2 maridos, que trabalhou na tecelagem por conta da indicação de sua irmã, após a irmã pedir encarecidamente que o dono da tecelagem desse uma oportunidade já que a irmã estava em profunda depressão de tanto ficar em casa. E vejam só, no reino distante, como essa testemunha foi ingrata.

Essa testemunha teve um equipamento roubado por ladrões da época e o dono da tecelagem foi atrás de uma série de documentos para que essa testemunha recebesse o valor do bem subtraído, já que ela havia caído num golpe.

Portanto, quanto essa testemunha estava mal, em depressão, foi a tecelagem quem lhe estendeu a mão, e não a amiga de trabalho que ela só conheceu após entrar na tecelagem.

A outra testemunha, na época do reino distante, batia no peito e dizia que era Protestante, e que a palavra dela valia mais do que tudo, mas também colocou a tecelagem na Justiça. Depois foi descoberto que essa senhora que bradava o quão “mulher de Deus” era, e que só a palavra dela já bastaria , e por ser uma mulher de Deus não precisava assinar nada em nome da Empresa.

A Justiça foi justa?

A Justiça nem por um momento perguntou para a dona da tecelagem se realmente era verdade que a senhora que não quis ser registrada, que por ser humilde e não saber ler e escrever a dona da tecelagem arrumava pequenos serviços para ela fazer afim de mantê-la ativa e não desliga-la pois a parente dessa senhora dizia que ela estava muito depressiva após ficar anos sem conseguir emprego em qualquer lugar.

De nada serviu também as testemunhas da dona da tecelagem que disseram o quão difícil era o comportamento dessa senhora, e que diversas vezes ela batia boca com outras funcionárias, que a Supervisora da tecelagem por várias vezes falou aos donos que se ela (Supervisora) fosse a dona ela jamais teria contratado àquela senhora, e mesmo se tivesse contratado, a teria dispensado em pouquíssimo tempo ao ver seu comportamento hostil.

A Justiça foi justa, até certo ponto, quanto aos números, mas foi desumana a não levar em consideração os quase 8 anos que a tecelagem deu de oportunidade.

A Justiça olhou apenas para os números e comprovando que a senhora trabalhou por alguns anos na tecelagem sem que a tecelagem pagasse os devidos impostos ao governo do Reino distante e aplicou uma multa de mais de 40 mil denários( dinheiro daquela época do reino distante).

O jovem casal sofreu um duro golpe que doeu no bolso e na alma… E dizem que depois daquele episódio eles nunca mais foram os mesmos e que aprenderam que PALAVRA NÃO VALE NADA, que se uma pessoa faltar com caráter e tiver como provar ela ganhará o que lhe é de direito.

Aprenderam também que não deviam ter brincado de ser empresários sem estudar a respeito de contratação de pessoas pois em nenhum momento A JUSTIÇA perguntou para àquela senhora se era verdade que ela estava há mais de 5 anos sem trabalhar, e que durante quase 8 anos ela teve o salário em dia na tecelagem, um salário a mais por ano, férias remuneradas, e se àquela senhora não acharia melhor um acordo mais ameno.

Lembrando que a tecelagem havia sugerido um acordo que chegaria perto dos 10 mil denários, mas a senhora queria 87 mil denários. A justiça ordenou ao casal que pagassem 30% da dívida em 10 dias e o restante em apenas 6 vezes.

E para àquela senhora valeu muito ter FALTADO COM A PALAVRA pois descontando o ganho do representante da Justiça por parte dela (que hoje em dia é chamado advogado trabalhista) e taxas do governo que àquela senhora nunca tinha tido desconto, disseram que a senhora ganhou algo em torno de 22 a 25 mil denários naquela época, o que é mais do que o dobro do que a tecelagem havia sugerido.

Não se sabe, ao certo, como a senhora conviveu depois com tanta mentira contra a tecelagem, mentiras essas comprovadas pela Justiça e retirada da causa . Talvez tenha comemorado muito o valor recebido, talvez ao deitar a cabeça no travesseiro tenha refletido a respeito. Após tantas e tantas décadas desse fato nada mais foi relatado.

Então Justiça é uma coisa, Palavra é outra e caráter então… é outra coisa muito diferente.

Texto enviado por um internauta – Qualquer semelhança é mera coincidência

A Justiça foi justa, mas não foi humana.

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