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A História da Alfaiataria Inglesa e Alfaiataria na Europa

Um pouco sobre a história da alfaiataria inglesa e onde fazer ajustes em roupas de alfaiataria.

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A HISTÓRIA DA ALFAIATARIA EUROPÉIA E INGLESA

Ontem entregamos alguns Ajustes em Ternos Bower Roebick de um cliente nosso, e como os ternos eram maravilhosos nós pesquisamos  a respeito da Marca e descobrimos que é de um Alfaiate super conceituado na Inglaterra.  Daí resolvemos fazer essa postagem sobre o Nascimento da Alfaiataria.

( Terno ajustado na Ellegancy Costuras)

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A arte e o conhecimento da alfaiataria, que é o ato de escolher o melhor tecido e cortá-lo, desenvolveu-se de uma forma lenta e gradual na Euroupa no século XII

Durante a Idade Média, a roupa de um modo geral era praticamente uma forma de somente cobrir o corpo das estações, principalmente no frio intenso.

No período da Renascença veio a necessidade de valorizar a silhueta em sua forma humana. Então os Europeus começaram a abandonar as roupas largas e sem corte do período Medieval, dando espaço para roupas muito mais bem elaboradas e acinturadas, com corte muito mais moderno afim de destacar os contornos do corpo em suas devidas partes. Daí nasceu a Alfaiataria.

Nesse momento, o tecido era a característica principal que distinguia a vestimenta da pessoa, e não era raro a pessoa produzir roupas para sí mesmo em sua confecção. Porém, os alfaiates começaram a ganhar espaço dos tecelões e caíram na graça da sociedade que exigia roupas cada vez mais elaboradas e de qualidade ímpar.

A Alfaiataria cresceu à mesma proporção que as cidades foram evoluindo, e novos ricos já não queriam se vestir com o trabalho dos tecelões, e sim com alfaiates que começavam a se destacar. Primeiramente foi a Itália a ter os melhores alfaiates, depois a Espanha e a França se tornaram centros da Moda pois tinham poder, riqueza e influência na Europa. Na idade média de Miguel Ângelo a Itália atingiu o seu grande ápice da moda, E a França atingiu seu imenso patamar no reinado de Luís XIV quando os jovens milionários iam à Paris para renovarem seus guarda roupas.

A meio do século XVII os homens desistiram de usar o “doublet” (casaco assertoada e apertado), o “Hose” (peça de vestuário usada com o doublet e que consistia numa meia-calça que chegava até á cintura) e a “cloak” (capa), tendo começado a usar casaco , colete e “breeches” (calças que terminavam normalmente acima do joelho), as 3 peças de vestuário que podemos começar a identificar com a forma de vestir actual.

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Do outro lado do canal da Mancha, os Ingleses não só tinham abandonado o “doublet” e a “hose”, como ultrapassaram rápidamente a fase da roupa ricamente bordada “decretada” pela corte Francesa. Note-se que tinham conseguido sobreviver uma guerra civil amarga, mas democratizante (l642 – 1649), a qual entre outras coisas tinha posto em questão os veludos e brocados, as sedas e os cetins, as cabeleiras empoadas, entre outras ostentações do código de vestuário da aristocracia Francesa. Dois séculos mais tarde, Oscar Wilde, diria que os Puritanos e os cavaleiros que lutaram essa guerra, estavam mais interessados nos seus hábitos, que nas suas convicções morais.

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Os Ingleses afastaram-se do seu altamente decorativo e delicado estilo cortesão e assumiram formas mais práticas. O vestuário dos fidalgos rurais e os da nova classe mercantil que nascia durante o século XVIII, tornou-se progressivamente menos belo e requintado, tornando-se mais sombrio e sóbrio.

Nas primeiras décadas do século XIX a sobriedade (pelo menos no vestir) começou a permear inclusive os circulos mais intimos da corte, de tal forma que Rei, Raínha e princesas se vestiam de forma identica á dos seus súbditos. Em meados do século XIX, chapéus altos, chapéus de chuva e “frock coats” (casacos a 3/4) estavam largamente em uso, todos em negro brilhante.Os Alfaiates Ingleses, particularmente os Londrinos, dominavam a Moda.

Em primeiro lugar, porque os ingleses tinham evoluído para uma forma de vestir masculina, que era uma mistura subtil de fidalguia rural, com um toque de roupa desportiva e um toque de burguesia comerciante, produto da tremenda vaga da Revolução Industrial. Depois, o tipo de roupa usada em meios aristocráticos não tinha sido desenhado a pensar em funcionalidade, antes com preocupações de decoração, tecidos e cores.
Quando o afastamento da ornamentação e ostentação começou a ocorrer, este tornou-se no primeiro critério na roupa para Homem. Hoje damos como dado adquirido o conforto no vestuário, mas a ideia do “encaixar” na roupa masculina é um conceito relativamente recente.

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Note-se que é uma ideia que exige grande habilidade para ser posta em prática. O Alfaiate ingles foi treinado para usar tecido á base de lã, e após anos de experiencia e prática, desenvolveu técnicas para “moldar” a roupa ao corpo sem ter que duplicar exactamente as formas verdadeiras do utilizador. Em resumo, o alfaiate podia agora desenvolver uma nova forma de estética no vestuário; podia imitar o corpo humano e ao mesmo tempo que o “melhorava” e idealizava ! Já nao era uma questão de usar jardas e mais jardas de brocado de seda.

Os Homens tornaram-se gentis-homens (gentleman), em si mesmo um conceito do recente século XIX, e perderam a disposição para comportamentos chamativos em favor de discrição, simplicidade e perfeição de corte. Houve tremendas inovações nos ultimos cem anos em termos de moda e da arte da Alfaiataria; As máquinas de costura fazem o trabalho de costurar, produzindo costuras direitas melhor do que se fossem feitas á mão. Novas tecnologias no fabrico de tecidos, produziram tecidos mais confortáveis, permitindo a adaptação da moda a estilos de vida mais despreocupados.
Contudo a alfaiataria é, e provávelmente continuará a ser, uma arte.

O Alfaiate ainda crê em criar roupa de forma personalizada, como sempre o fez. Desde a invenção do pronto-a-vestir , em meados do século XX, das roupas feitas em série, que o desaparecimento do alfaiate tem sido predito. Contudo, os artesãos têm conseguido sobreviver e mesmo prosperar, demonstrando a obvia existência de algo único e pessoal nas nossas vidas, nesta época do insípido e da produção em massa. Os alfaiates podem ser considerados os representantes do produto único e de qualidade. Essa é no fundo a marca da sua tradição.

fonte: G. Bruce Boyer

Ternos de alfaiataria exige muito cuidado em seu ajuste, pois é uma peça de alta complexidade.

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